Começar a educação financeira ainda na infância reflete na forma como as crianças vão lidar com o dinheiro quando adultos. Por isso, vale dar o pontapé inicial ainda em casa, falar sobre o assunto desde cedo e assumir o papel de orientar os pequenos nessa jornada. E fica a dica: se você não é muito organizado financeiramente, vale transformar a oportunidade em incentivo e dar uma ajeitada na vida financeira, hein? Afinal, criança aprende muito pelo exemplo. A seguir, trouxemos dicas pra você começar a educar financeiramente seus filhos, sobrinhos, netos… Confira!
Nessa fase, a partir dos três anos, já é possível começar a falar sobre dinheiro, mesmo achando que as crianças são muito pequenas. Mas você ainda não vai começar com a famosa mesada porque, nessa idade, ela não tem muita utilidade, já que os pequenos ainda não estão interessados. Mas é legal dar algum dinheiro a eles de vez em quando. Pode ser uma moeda pro cofrinho ou até uma graninha pra ele escolher o que comprar. Daí você já pode explicar que, com esse valor, dá pra ter um doce ou um brinquedo, mas não os dois. Assim, mesmo pequenos, eles já têm acesso a gestão financeira.
O cofrinho tem um apelo bem bacana e a dica é apostar em um recipiente que seja transparente. Assim, ao invés de ficar na expectativa pra descobrir quanto tem dentro, a criança pode ir vendo a quantia aumentar. Ela consegue associar que, se ela colocar aquela moeda que ganhou do avô lá dentro, a quantidade de dinheiro aumenta e começa a ter noção de economia. Já vale explicar que guardar o dinheiro agora vai culminar em algo bem legal que ela queira depois.
E que tal se você tiver um cofrinho transparente pra você? As Crianças aprendem muito pelo exemplo e você pode explicar que está economizando pra uma compra específica ou uma viagem. Assim, você reforça e valida a ideia de guardar dinheiro com foco em um objetivo e ela tende a levar o aprendizado pra a vida adulta.
As crianças aprendem brincando e dá pra aproveitar esses momentos com os pitocos pra começar a educação financeira. Vale usar dinheiro de mentirinha e colocar as transações financeiras em brincadeiras como "restaurante" ou "fazenda". Assim, a criança se diverte enquanto te serve uma refeição de mentirinha e você paga por esse prato delicioso. Aos poucos, ela vai entendendo que o dinheiro é a contrapartida pra alguma coisa.
Deixe os pequenos verem como o dinheiro funciona. Explique que você faz um determinado trabalho e que, por isso, recebe dinheiro de volta. E que esse dinheiro vai pra comprar as coisas que vocês precisam pra levarem a vida que levam. Depois, que tal levar seu filho junto na hora de fazer alguma compra ou puxar ele pra perto quando a compra for online, explicando que o cartão funciona que nem o papel?
Você pode se decidir por um valor mensal, semanal ou quinzenal. Esse dinheiro dele é uma ferramenta poderosa na hora de ensinar as crianças a administrarem um orçamento.
É importante que esse valor, definido pelos pais ou responsábeis, seja compatível com os gastos que a criança tem ou que você espere que fique a cargo dela. Por exemplo: se é uma criança que todo dia compra lanche na escola e isso funciona pra logística familiar, não adianta dar menos dinheiro e dizer pra ela que agora ela tem que assumir a despesa.
No começo, tente acompanhar de perto como a criança está lidando com o dinheiro e aproveitar pra orientá-la quando necessário.
A gente sabe que anotar os gastos ajuda muito na hora de se organizar com o dinheiro, né? Então que tal começar desde cedo? Faça junto com seu filho uma tabela pra ele anotar os gastos e também as coisas que ele quer comprar com a mesada. Agora que ele ganha uma quantia fixa, já tem o que precisa pra começar a se organizar e planejar com o dinheiro que recebe.
A tabela pode ajudar a visualizar quanto dinheiro tem e como fazer pra atingir os objetivos. Por exemplo: se ele quer muito comprar um brinquedo específico que custa 5X, ele precisa guardar X durante cinco meses pra comprar esse objeto.
Educação financeira também pressupõe que a criança comece a entender quais são os investimentos que valem a pena, os urgentes e os que podem ficar pra depois. Aqui você explica a diferença da necessidade básica como comida, roupas, higiene, com o supérfluo, como os passeios e os brinquedos. Isso vai ajudá-lo a entender que, na maioria das vezes, ele vai precisar fazer escolhas e também entender a maneira que os pais lidam com o dinheiro.
Quem é pai e mãe agora, pode ter tido contado com os cheques quando criança e pensado na magia que era preencher uma folha e conseguir levar tal produto pra casa. O cartão de crédito pode funcionar exatamente assim pra essa geração.
Cada vez mais comum, faz parte da vida de grande parte dos brasileiros e possivelmente vai fazer parte da vida dos seus filhos também. Conforme eles crescem e entendem mais sobre dinheiro, já vale explicar sobre como o crédito funciona. Não deixe que seu filho pense no crédito como uma renda extra, mas sim como uma ferramenta que precisa de um planejamento a longo prazo.
Gostou das dicas? Agora é só aproveitar as oportunidades e colocar em prática com os pequenos! Vale começar aos poucos e, quando você menos perceber, já vai ter um companheirinho por perto para ajudar a organizar as finanças! :)